O que é esofagite?
É uma inflamação, irritação ou inchaço que ocorre em nosso esôfago - tubo que leva a parte da boca ao estômago.
O que é refluxo ácido ?
Esse carinha nada mais é que o ácido do estômago voltando para praticamente a boca pelo esôfago. Acontece que o estômago é revestido e consegue proteger-se contra os efeitos dos ácidos produzidos por ele, já o esôfago não possui revestimento. É como se um vulcão entrasse em erupção - imaginem o ácido no estômago subindo (principalmente quando estamos deitados e após as refeições, por isso, quem tem essa doença, muitas vezes sente os alimentos voltarem para a boca com ardor), o grande x da questão é que como o esôfago não tem nenhum tipo de camuflagem para combater o efeitos dos ácidos, ele acaba sendo "destruído", causando dessa maneira, diversas feridas abertas, consequentemente, gerando muita dor, dificuldade de ingestão da comida, azia e a tal da esofagite.
Diagnóstico
Os sintomas sugerem o diagnóstico. Por vezes, para confirmar o diagnóstico e descartar a existência de complicações é necessário fazer estudos radiológicos, uma esofagoscopia (exame do esófago com um tubo flexível de visualização), medição da pressão (manometria) do esfíncter esofágico inferior, testes de determinação do pH esofágico (acidez) e a prova de Bernstein (teste de infusão de ácido no esófago). A melhor prova para demonstrar que os sintomas são causados pelo refluxo de ácido é a biopsia (exame ao microscópio duma amostra de tecido) ou a prova de Bernstein, independentemente do que se tenha detectado com a radiologia ou a esofagoscopia. A biopsia é também o único método fiável para detectar a síndrome de Barret.
Para a prova de Bernstein, é instilada uma solução ácida na parte baixa do esófago. Se os sintomas aparecerem em seguida e depois desaparecerem quando se instila uma solução salina de novo na mesma porção, o problema é o refluxo de ácido.
A esofagoscopia pode identificar uma série de possíveis causas e complicações. O exame ao microscópio duma amostra de tecido do esófago pode identificar com precisão o refluxo do ácido, mesmo que não se tenha visto a inflamação durante a esofagoscopia.
Para evidenciar o refluxo do bário do estômago para o esófago, fazem-se radiografias depois da ingestão duma solução de bário e depois coloca-se a pessoa numa mesa inclinada com a cabeça mais baixa que os pés. O médico pode fazer pressão sobre o abdómen para aumentar o refluxo. O estudo radiológico feito depois da deglutição do bário também pode mostrar úlceras esofágicas ou um esófago estreitado.
No meu caso, fiz o exame de endoscopia alta e uma biopsia.
No meu caso, fiz o exame de endoscopia alta e uma biopsia.
As medições da pressão no esfíncter esofágico inferior indicam a sua força e podem diferenciar um esfíncter normal doutro com uma função diminuída.
Tem tratamento?
A doença tem cura, se realizado o tratamento correto. A doença acontece na seguinte sequência: se o músculo do esôfago se abrir no momento errado, o conteúdo do estômago vai para o esôfago e em contato com a sensível parede do órgão, que gera as sensações de irritações, queimação e azia.O maior problema para identificar a doença e iniciar o tratamento, é que as pessoas que sentem os sintomas, acham que está dentro da normalidade e não procuram ajuda médica. Com isso, o problema se arrasta junto com o paciente por anos e muitas vezes pode não ser diagnosticado.
O tratamento é feito durante 12 semanas com medicações escolhidas pelo próprio médico. Elas vão fazer diminuir a acidez do estômago.
O que mais preocupa?
A forma como as úlceras se encontram. Quando vistas em grandes quantidades no esôfago, pode significar alguma doença grave por trás da esofagite. A grande maioria das pessoas que possui esse tipo de úlceras, é por alguma imunodeficiência, como HIV, diabetes tipo 2, leucemia, linfoma (...), por isso a preocupação dos médicos quando é descoberto muitas feridinhas no esôfago. Eu mesma estou com mais de 20 feridas, todos os exames para DST vieram negativos, então, quem puder orar para não ser nada grave comigo, eu agradeço.
Existe algum tipo de dieta para melhorar ainda mais os efeitos dessa doença?
Sim. No dia a dia, evite alguns alimentos que possam ajudar a desenvolver a doença, como alimentos gordurosos e frituras, frutas ácidas (limão,laranja,lima), café e bebidas gasosas, frutas secas e doces como cocada e doce de leite também são alimentos que contribuem para o desenvolvimento da esofagite. Evite principalmente cafeína, refrigerantes, tomate, bebidas alcoólicas e cigarro.